quarta-feira, 11 de maio de 2011

Consórcio para imóvel só é vantajoso para quem é sorteado no início

Quero comprar um imóvel. O que é melhor: fazer um financiamento imobiliário ou entrar num consórcio?

Essa resposta depende muito da sua pressa em ter o imóvel. A melhor alternativa é sempre juntar o dinheiro e pagar à vista. Mas, para responder sobre as opções que você propõe devemos entender claramente as suas diferenças. O consórcio não é um tipo de financiamento, trata-se de um grupo de compradores se une para adquirir o bem, cada qual contribuindo mensalmente com uma parcela do valor, de tal maneira que, a cada mês, a soma das parcelas seja equivalente ao preço do bem adquirido. Ao final do período de financiamento, todos terão recebido o objeto do consórcio. Como esse trabalho de organização do grupo está por conta de uma administradora de consórcios são cobradas taxas de administração, além disso, existe um fundo de reserva que é agregado ao valor da prestação para cobrir eventuais despesas. Isto significa que a cada R$ 100 aplicados por você, apenas uma parte vai para a compra do imóvel. Você pode receber a carta de crédito por meio de lances ou sorteio. A Caixa Econômica Federal (CEF) permite o uso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) na oferta ou complementação de lances em consórcios imobiliários. O fato é que consórcio de imóveis somente é vantajoso para quem for sorteado logo de início e vai poder usufruir o bem enquanto paga a sua cota mensal, o que equivaleria a um financiamento com juros muito baixos. Mas, para quem não tiver sorte somente terá sua casa após o final do grupo e ainda deve contar que não haverá especulação imobiliária no período e, assim, a casa que você estava de olho não subir de preço. Por outro lado, o financiamento imobiliário tem incidência de juros, mas você vai ter a sua casa logo de início.

Tenho 60 anos e sou aposentada. Consegui até agora um patrimônio de cerca de R$ 600 mil que está distribuído da seguinte forma: a) R$ 400 mil em previdência privada - aplico mensalmente R$ 350 em VGBL; b) R$ 75 mil fundo de investimentos (tem IR semestral); c) R$ 75 mil em bolsa - apliquei R$ 100 mil, então estou tendo prejuízo; d) R$ 60 mil aplicados em CDB - tenho alguns vencendo no fim do ano e outros com vencimento em 2013; e) R$ 55 mil em poupança. O que o senhor acha da minha cesta de investimento? Gostaria de chegar a R$ 1 milhão, apesar da idade.
Este é um exemplo de disciplina excelente e, sem dúvida, é um bom patrimônio. A distribuição do valor de R$ 665 mil está boa, sendo mantido em torno de 11% em renda variável, como se trata de uma pessoa aposentada não vale a pena aumentar essa participação. A dica é olhar com mais cuidado os valores em fundos e em CDB. Pode ser que uma análise mais adequada permita transformar parte da aplicação em Tesouro Direto. Um cálculo muito simples com base de 0,5% ao mês mostra que o seu patrimônio deverá passar de R$1 milhão com mais sete anos de investimento.

Como se chega ao número de fechamento da bolsa? Se ela fica negativa, todas as ações tiveram desempenho ruim?


A Bolsa atingiu certo número de pontos é uma maneira coloquial de dizer que o Índice de referência da Bolsa de Valores caiu ou subiu. Vamos pegar como exemplo o Ibovespa, o índice mais conhecido da BM&FBovespa. Trata-se do valor atual em reais, de uma carteira teórica de ações iniciada em 02/01/68, com valor-base equivalente a 100 pontos. Por exemplo, digamos que ontem as ações da carteira tiveram a valorização média de 2%, o índice subirá para 102 pontos. Índices de bolsa têm como finalidade servir como indicador médio do comportamento de mercado. O valor do Ibovespa é obtido por meio da multiplicação dos preços de cada ação que compõe a carteira do índice, pelas respectivas quantidades de ações dentro da carteira. Ele representa mais de 80% do número de negócios e do volume financeiro verificados no mercado à vista e 70% do somatório da capitalização de todas as empresas com ações negociáveis na Bovespa. Pode ocorrer que o índice caia, mas uma ação em particular suba. A ação preferencial (Vale 5), por exemplo, tem perda acumulada de 12% neste ano, enquanto o Ibovespa tem queda acumulada em torno de 9%.

terça-feira, 29 de março de 2011

Imóvel novo ou usado? Qual se adequa melhor ao seu perfil?

O período de compra de um imóvel, sobretudo daquele que vai abrigar a família, não é fácil. As preocupações são diversas e, entre elas, está a que diz respeito sobre as vantagens e desvantagens da compra de uma casa ou apartamento novo ou usado.

De acordo com a Tibério Construções e Incorporações, quem tem dúvidas sobre a compra de um imóvel novo ou usado deve analisar o perfil da família antes de optar por um ou outro.

Reformas
Além de observar quesitos como localização, preço de condomínio, entre outros, na hora de comprar um imóvel, as pessoas devem verificar se a propriedade em vista atende aos desejos e necessidades da família ou se será preciso reformar.

Caso o imóvel esteja pronto, independentemente de ser novo ou usado, o comprador deve considerar os custos da reforma, sendo indicado solicitar a avaliação de um arquiteto, para saber se a obra é viável e ter uma estimativa dos custos das alterações.

Nos imóveis ainda em construção, é possível personalizar alguns ambientes, conforme as possibilidades oferecidas pela construtora.

Manutenção e tamanho
Quem está de olho em um imóvel também deve estar atento aos custos de manutenção. Assim, se a opção for por um imóvel usado, é preciso checá-lo e se certificar de que não há nenhum problema grave.

No que diz respeito ao tamanho, geralmente os antigos são maiores. Por outro lado, ressalta a construtora, os imóveis novos, mesmo mais compactos, são planejados para atender às necessidades de espaço das famílias moderna.


fonte: uol.com.br

quarta-feira, 23 de março de 2011

Perfil do novo comprador de imóvel

Pesquisa realizada pela Lopes Inteligência de Mercado com 8.158 entrevistados define o perfil do novo cliente comprador de apartamentos novos (lançamentos) localizados na região metropolitana de São Paulo.
Em geral, no momento da compra, os entrevistados valorizam a localização, área de lazer, segurança e residir próximo ao trabalho. Analisando por segmento, as motivações de compra se tornam mais específicas e correspondem ao momento de vida do consumidor. Os que compram imóveis até R$ 250 mil citam casamento, deixar de pagar aluguel e morar sozinho. Área verde, área útil maior, crescimento da família, mais vagas e projeto diferenciado são mais valorizados entre os que compram imóveis de médio e alto padrão (a partir de R$ 250 mil).

imoveis em SP

Entre os entrevistados que preferem imóveis até R$ 250 mil, 80% realizam a compra do primeiro imóvel, sendo o maior índice entre os segmentos, além disso, são os consumidores que menos visitam outros empreendimentos para comparação.

A presença de filhos e alto grau de escolaridade são percebidos principalmente nos segmentos médio e alto padrão, respectivamente 35% e 38% possuem pós-graduação, mestrado ou doutorado, índices crescentes que levam ao aumento do poder aquisitivo.
Cada vez mais as pessoas compram imóveis visando investimento. Destaque ao imóvel de médio padrão que atrai 37% de investidores, que compram, por exemplo, apartamento de 60 m² a R$ 300 mil ou um conjunto comercial de 40 m² por R$ 350 mil, ambos na Barra Funda.

Para comprar um novo apartamento (lançamento), as pessoas deslocam-se do imóvel onde residiam no momento da compra para o novo endereço, em média, 5 quilômetros. Compradores de apartamentos que custam até R$ 250 mil, são os que realizam o deslocamento mais longo, em média 6 quilômetros. Os que compraram apartamentos acima de R$ 500 mil efetuam um deslocamento menor, em média 4 quilômetros.

fonte: http://blogdemercado.lopes.com.br

quinta-feira, 17 de março de 2011

Falta de infraestrutura torna imóveis mais caros

Influenciados pelo forte aumento na procura pela casa própria, os valores dos imóveis residenciais do país registraram alta de 2,1% em fevereiro. Em janeiro, o aumento havia sido de 1,7% de acordo com índice da FipeZap. “Isso acontece porque o Brasil vive um momento econômico muito positivo.  A ascensão de classe é uma realidade e o aumento do crédito impulsiona o mercado imobiliário”, afirma Alexandre Lafer Frankel, diretor-presidente da Vitacon Participações .

Essa valorização dos imóveis, segundo ele, deve continuar nos próximos anos, já que o aumento da demanda é um fator que incide diretamente sobre o preço dos imóveis, tornando-os mais valorizados. “Em São Paulo, por exemplo, há uma grande dificuldade para encontrar terrenos para construir. Isso, sem dúvida, é um entrave que eleva o valor do bem para o consumidor final”, aponta Lafer.

De acordo com ele, essas características tornam o mercado imobiliário em São Paulo mais valorizado do que outras grandes capitais estrangeiras. “Hoje, comprar um apartamento em regiões privilegiadas da Capital Paulista é mais caro do que em cidades dos Estados Unidos. Mas há uma explicação para isso: Em Miami, por exemplo, há uma imensidão de território livre para construir. Aqui não há essa facilidade, o que torna a aquisição do imóvel mais restrita”, comenta.

Segundo Lafer, grandes cidades como Tóquio, Nova Iorque e Paris contam com eficiente sistema de transporte público, uma realidade que permite às pessoas residirem em regiões afastadas sem que haja problema em se deslocar até o centro. “No Brasil a situação é outra. Vivemos um caos urbano no transporte público,  impactando diretamente no preço dos imóveis construídos em bairros consolidados e próximos ao Centro”, analisa.

fonte: http://publicidadeimobiliaria.blogspot.com/

quarta-feira, 16 de março de 2011

Dicas para uma compra segura e responsável de imóvel

Comprar um imóvel na planta, pronto ou usado, requer do interessado muita pesquisa, visitas a inúmeros estandes de vendas, comparação e diálogo com parentes e amigos. “O pior negócio é adquirir uma unidade habitacional por impulso. Antes de tudo é preciso fazer as contas e ver se as prestações do financiamento cabem no bolso”, enfatiza João Crestana, presidente do Sindicato da Habitação em São Paulo (Secovi/SP).

Contudo, diz Crestana, não basta somente ter condições de pagar. O comprador deve também avaliar se o imóvel de interesse atende as suas necessidades de moradia, e se há no entorno do empreendimento escolas, hospitais, transporte público, dentre outros requisitos. Ainda, “não se pode esquecer que em edifícios há o rateio de custos entre os moradores e, no momento de receber as chaves, existem despesas cartoriais e com a prefeitura”, alerta.

“Visitar o local escolhido, durante o dia e à noite, também faz parte do processo que antecede a assinatura do contrato. Não tenha pressa, porque, na média, o brasileiro compra dois imóveis durante a vida. Esse motivo já é suficiente para o consumidor ser cauteloso”, orienta o dirigente do Secovi/SP. A seguir, dicas elaboradas pela entidade, para orientar o interessado a fazer uma boa compra.

Dez passos
1) Decida-se pela região onde quer morar e, principalmente, quanto pretende e pode gastar com a compra do imóvel. Lembre-se: a aquisição da moradia é um dos passos mais importantes na sua vida e precisa ser dado com segurança, com muito debate junto ao cônjuge e filhos. Leve em conta as necessidades futuras da família.

2) Escolha o tipo de imóvel que pretende adquirir: usado, novo ou na planta. Pense na metragem do imóvel, se quer casa ou apartamento (andar baixo ou alto, de frente, de fundo ou tanto faz), número de vagas de garagem, com ou sem varanda, ampla ou nenhuma área de lazer (piscina, salão de festas, jogos). Se escolher condomínio, pense até quanto pretende ou pode pagar de taxa de rateio de despesas.

3) Faça suas contas. A hora é boa também para pensar na melhor forma de financiamento. Junto ao banco ou parcelado com a construtora, durante o período de obras? Pretende usar recursos do FGTS?

Se o imóvel for novo ou usado, há sempre a opção de obter financiamento bancário (os sites de vários bancos oferecem simuladores das parcelas do financiamento). Caso disponha de uma boa reserva financeira – ou algum bem que possa ser vendido, como carro, é possível utilizá-la na entrada da compra do imóvel.

4) Decidido, visite o local escolhido e verifique quais empreendimentos existem no local. Aproveite e analise a infraestrutura disponível na região, bem como os serviços oferecidos, como escolas, padarias, supermercados, farmácias, hospitais, linhas de ônibus e metrô próximos, parques e outras áreas de lazer.

Visite o empreendimento durante o dia e, principalmente, à noite. Não tenha pressa. Vá aos estandes de vendas, visite decorados, converse com corretores e pense muito, pois a decisão tem de ser responsável e exclusivamente da sua família.

Depois de percorrer a região escolhida, não tenha medo de expandir horizontes e procurar imóveis em bairros próximos. A internet também é uma ótima opção para quem busca imóveis. Visite sites especializados na venda de imóveis, de imobiliárias, construtoras e incorporadoras.

5) Ao optar pela compra de um usado, seja firme com o corretor quanto às suas definições do tipo de imóvel. Dê preferência ao profissional que conhece o imóvel. Peça informações a ele antes de marcar a visita. Se estiver fora das suas especificações, não vá. Evite também ficar nas mãos de muitos profissionais. Prefira o sistema de exclusividade (em que o imóvel está disponível em apenas uma imobiliária).

6) Se o imóvel for novo ou na planta, usualmente o valor da comissão é cobrado separadamente do preço. Se o imóvel for usado, a comissão é paga pelo vendedor, mas saiba que caberá a você o pagamento da comissão proporcional ao valor do seu imóvel dado como parte do pagamento. Nesse momento é importante não se envolver emocionalmente com o dono do imóvel que vai comprar. Deixe que o corretor negocie.

7) Na hora de apresentar uma proposta, ponha-se no lugar do vendedor. Evite propostas absurdas, como descontos elevados, por exemplo. Se ele aceitar, deve haver algo errado. Certifique-se do que está e do que não está incluído no valor e converse abertamente, evitando constrangimentos futuros.

Questione sobre aquilo que não entender e exija respostas claras e precisas. Muita atenção com os documentos do imóvel e do proprietário, que devem preferencialmente ser analisados por um advogado de sua confiança.

8) Ao escolher comprar um imóvel na planta, pesquise a história e a atuação da empresa construtora/incorporadora e, se possível, visite uma obra já entregue por ela. Peça uma cópia do registro da incorporação ao corretor, antes de assinar o contrato de Compra e Venda.

Consulte o que diz a Lei 4.591/64 (Condomínios e Incorporações) e submeta-a a um advogado conhecido. Apesar de os contratos apresentarem basicamente as mesmas cláusulas, não é demais a análise de um especialista em mercado imobiliário. Acompanhe o estágio das obras por meio de visitas ao empreendimento ou pela internet. Muitas empresas oferecem o serviço em seus sites.

9) Programe-se. Os valores das prestações pagas durante o período da construção do empreendimento podem ser diferentes das parcelas de financiamento do saldo devedor.

Atenção: até a entrega das chaves, o saldo devedor é corrigido mensalmente pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) ou pelo Custo Unitário Básico (CUB).

Após a entrega das chaves, você terá a opção de quitar a dívida; usar os recursos do FGTS para amortizar parte do valor – caso seja a aquisição do primeiro imóvel; e financiar o restante com o banco. Há taxas atrativas e prazos longos disponíveis no mercado. O fundamental, no entanto, é que a parcela – fixa ou reajustável, caiba no seu bolso.

10) Após a liberação do financiamento, a assinatura da escritura do imóvel e a entrega das chaves, o comprador tem de pagar o Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) à Prefeitura, assim como as taxas de registro cartorárias. Somadas, tais despesas correspondem a aproximadamente 4% do valor de compra do imóvel.

Programe-se e faça uma reserva financeira. Nunca deixe de registrar sua escritura no Registro de Imóveis, mesmo que não tenha contratado financiamento. Mais: quando receber o imóvel, leia as instruções de uso e o Manual do Proprietário para certificar-se das garantias da sua unidade. Os prazos legais são diferentes para os vários componentes.


fonte: r7.com

quinta-feira, 10 de março de 2011

Financiamento imobiliário cresce 65% em 2010 e atinge novo recorde

O valor dos financiamentos imobiliá¡rios feitos com recursos da poupança cresceu 65% em 2010 e atingiu um novo recorde. No ano, foram concedidos R$ 56,2 bilhões em empréstimos para a compra de imóveis, R$ 22,2 bilhões a mais do que em 2009.
Os dados foram divulgados hoje (15) pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Eles levam em conta os imóveis financiados pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

De acordo com a Abecip, os bancos financiaram pelo SBPE a compra de 421,4 mil imóveis no ano passado. Em 2009, haviam sido 302,7 mil.

Segundo a associação, o saldo das cadernetas de poupança atingiu valor histórico no final de 2010. Em dezembro do ano passado, R$ 299,9 bilhões estavam depositados em contas-poupança do paí­s. Isso representa um crescimento de 18,8% em relação a dezembro de 2009, quando R$ 253,6 bilhões estavam em poupanças.

Fonte: http://clipimobiliario.com.br

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Quando é possível usar o FGTS para a compra de um imóvel

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Caixa Econômica Federal: a gestora do FGTS impõe pré-requisitos para o saque
Há quase 30 anos, 8% do salário de todo trabalhador com contrato formal regido pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) são destinados para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O sistema foi criado para garantir proteção financeira aos brasileiros demitidos sem justa causa. No entanto, não é preciso perder o emprego para ter acesso aos recursos do fundo. Alguns trabalhadores podem utilizar o valor acumulado para comprar um imóvel residencial - desde que atendam a algumas exigências da Caixa Econômica Federal, a gestora dos recursos.
A premissa básica para sacá-los é ter no mínimo três anos de contribuição ao fundo - sejam eles ininterruptos ou não. O imóvel só pode ser comprado na cidade ou na região metropolitana do município em que o detentor da conta do FGTS trabalha. Caso a pessoa trabalhe em uma cidade e more em outra mais distante onde deseja comprar o imóvel, terá de apresentar comprovantes de residência nesse local há ao menos um ano. Quem já possui um imóvel na cidade onde trabalha, não poderá usar o FGTS para comprar outro.
Os recursos podem ser liberados para trabalhadores que possuam fração de até 40% do total de um imóvel residencial. Caso o interessado em sacar o FGTS detenha mais de 40% de um imóvel, só poderá usar os recursos do fundo para adquirir a parte que ainda não detém nesse mesmo imóvel. Quem quer construir um imóvel em um terreno ao qual já é proprietário está autorizado a usar o dinheiro acumulado no FGTS. No entanto, como a regra não permite a liberação do fundo para donos de imóveis, é preciso comprovar que não há nenhuma edificação no lote onde se deseja construir a residência. Uma forma de comprovar isso é apresentar o carnê do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU).
Se a intenção é destinar o fundo para adquirir um imóvel em nome de outra pessoa, é melhor pensar em outra estratégia. A Caixa Econômica Federal não permite que os recursos do FGTS sejam aplicados em residências para familiares, dependentes ou terceiros. No entanto, é possível utilizar o FGTS do seu cônjuge ou companheiro, desde que, em contrato, ele seja considerado como co-adquirente do imóvel. 
Quem tomar um empréstimo para comprar um imóvel pode utilizar o FGTS para dar a entrada. Os recursos que forem depositados no fundo posteriormente poderão ser sacados novamente a cada dois anos para pagar parte ou 100% do saldo devedor. As pessoas que tiverem contratado um crédito imobiliário só poderão usar os recursos do fundo para amortizar esse mesmo empréstimo, ficando impedidos de usar o FGTS para comprar outro imóvel.
Por lei, o fundo não pode ser direcionado para o pagamento das prestações atrasadas. Contudo, os inadimplentes podem recorrer à Justiça de pequenas causas para solicitar a autorização de uso do FGTS. “Se as parcelas forem inferiores a 30 salários mínimos, não é preciso nem ter o acompanhamento de um advogado”, afirma Lúcio Delfino, diretor administrativo da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH). De acordo com ele, todos os tribunais dão causa ganha para o trabalhador.
Desde março de 2010, a CEF também passou a liberar o saldo da conta vinculada do FGTS para o pagamento de parte das prestações de consórcios. O benefício é destinado a trabalhadores consorciados que já tenham sido contemplados com a carta de crédito e adquirido o imóvel. Para sacar o recurso, o imóvel e o consórcio devem necessariamente estar no novo do beneficiado e o valor de compra do imóvel também não pode superar 500.000 reais. As outras regras para retirada do FGTS também se aplicam neste caso.

Residência sob medida
Antes de seguir em frente com a papelada, também é crucial checar se o imóvel dos sonhos possui os requisitos mínimos exigidos pela Caixa. Vale investigar se o vendedor do imóvel também recorreu, nos últimos três anos, ao FGTS para adquiri-lo. Se a resposta for afirmativa, você não poderá utilizar o recurso para a transação.
Além disso, o imóvel necessariamente deve estar localizado no município em que o comprador trabalha ou naquele em que reside há pelo menos um ano. Mais: o valor de venda do imóvel não pode ultrapassar 500.000 reais.
Apresentar documentos que comprovem essas características, contudo, não é suficiente para que a liberação do dinheiro seja aprovada. Após o cadastramento em uma das agências da Caixa, uma equipe técnica fará avaliação do valor do imóvel e da documentação apresentada. Caso o custo proposto pelo vendedor do imóvel supere a avaliação dos técnicos da Caixa, o FGTS não será liberado.
O prazo para o saque do FGTS depende do tempo que será gasto pelo comprador para providenciar a documentação necessária. Após a aprovação de toda documentação, a Caixa Econômica Federal estima que os recursos do FGTS sejam liberados em ao menos dez dias


fonte: http://exame.abril.com.br